O manustérgio

 Emocionante ::

Foto: minha mãe voltando com o manustérgio depois de o ter desatado de minhas mãos :: 


Por uma graça de estado vivi minha ordenação com uma calmaria interior singular. Tive dificuldade de concentração no início, mas com o salmo o meu coração se voltou totalmente para aquele mistério que parecia me envolver cada vez mais. 

O rito onde o arcebispo unge as mãos do ne-sacerdote e as ata com um manustérgio  é, de fato, muito tocante. Recordo-me do sentimento que me acompanhou naquelas passadas, da sedia episcopal até meu lugar. A emoção se agrava com o passo seguinte. 

Por uma tradição, a mãe, ou os pais, é quem desamarram aquele tecido sagrado das mãos do filho, limpa as mãos do óleo e, em seguida, recebe a primeira bênção daquele novo presbítero. 

Minha mãe se emocionou demais. "Pedi muito a Deus a graça  de que você seja um padre obediente a Deus e à Nossa Senhora. Que seja dedicado em tudo que faça e jamais volte atrás", disse-me ela que esta foi sua oração naquele momento. 

O manustérgio ela traz guardado, como pede a tradição. Quando de sua páscoa, este sagrado tecido envolverá suas mãos, para que ela não volte de mãos vazias diante de Deus.

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