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Mostrando postagens de janeiro, 2022

O manustérgio

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 Emocionante :: Foto: minha mãe voltando com o manustérgio depois de o ter desatado de minhas mãos ::  Por uma graça de estado vivi minha ordenação com uma calmaria interior singular. Tive dificuldade de concentração no início, mas com o salmo o meu coração se voltou totalmente para aquele mistério que parecia me envolver cada vez mais.  O rito onde o arcebispo unge as mãos do ne-sacerdote e as ata com um manustérgio  é, de fato, muito tocante. Recordo-me do sentimento que me acompanhou naquelas passadas, da sedia episcopal até meu lugar. A emoção se agrava com o passo seguinte.  Por uma tradição, a mãe, ou os pais, é quem desamarram aquele tecido sagrado das mãos do filho, limpa as mãos do óleo e, em seguida, recebe a primeira bênção daquele novo presbítero.  Minha mãe se emocionou demais. "Pedi muito a Deus a graça  de que você seja um padre obediente a Deus e à Nossa Senhora. Que seja dedicado em tudo que faça e jamais volte atrás", disse-me ela que esta foi sua oração naq

Da bolacha Maria ao Corpo de Cristo

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 37 anos depois :: Meu pai não é de emocionar muito, sempre com um bom senso de humor gosta mais é de fazer graça com as situações. Contudo, no dia de minha ordenação ele chorou em um momento específico.  Suas lágrimas vieram quando eu lhe dei a Eucaristia. Lembrou-se dos tempos quando criança eu celebrava a "missa" e usava o pilão como cálice e a bolacha Maria como hóstia. Isto eu tinha uns 3 anos talvez.  Trinta e sete anos depois ele via diante de si uma brincadeira se tornar realidade . Coisa de Deus.  Foto: com os meus pais, Francisco e Maria Lúcia, antes da ordenação sacerdotal. 

"Cultive esta graça", disse-me Moysés

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Testemunho ::  Foto: com Moysés Azevedo. Este registro foi feito na ordenação diaconal ::  É inegável o carinho e a estima que tenho pelo Shalom, Moysés, Emmir e os consagrados neste Carisma. No dia de minha ordenação tive um encontro rápido com o Moysés [Azevedo], pertinho do banco onde estavam meus familiares.  "Ainda vou acostumar a chamar você de padre, mas esta Graça Deus já lhe concedeu viver. Cultive-a , seja fecundo", disse-me olhando bem nos olhos e com as duas mãos segurando firmes em meus ombros. 

E padre precisa de conversão?

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Entre uma andada e outra :: Foto: com Carlos Raniey ::  No dia 22 de dezembro, data em que fui ordenado, cheguei cedo à Catedral de Fortaleza. Checagem de sonorização, montagem de equipe de filmagem, me adaptar ao ambiente, o que já me ajudaria a me preparar para o grande momento da noite.  Entre um andada e outra, o Raniery, um amigo com quem convivi no ano de 2001 em uma experiência missionária, parou-me e pediu-me que nunca me faltasse - o que eu resumi em - humildade e conversão . Ali vi uma exortação da parte do Senhor, uma chamada ao que sempre terei de buscar.  Sim, padre precisa de conversão . Todos os dias. Sempre é necessário ajustar a sua rota a do Mestre, colocar o coração no mesmo compasso no do Amado. É luta para a vida a toda, até um dia ser plenamente configurado ao Senhor. 

A Ordenação

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 Dia memorável :: Foto: neo-sacerdotes com o seu arcebispo Dom José Antonio :: A graça de Deus consegue  transformar o tempo em eternidade, gestos humanos em ação Divina. A noite de 22 de dezembro de 2021 ficará para sempre em minha memória como o dia em que fui tocado por Deus de uma forma tão singela e sublime.  Toda a celebração aconteceu em ordem, harmonia e beleza que o momento requer. Da ornamentação à música, do cerimonial à atenção dos participantes. A liturgia eximiamente conduzida por nosso arcebispo Dom José Antonio nos fez mergulhar a todos no mistério daquele sacramento.  Transmissão  O Salmo  Confesso, no início da celebração eu estava "voando", e disperso  com a filmagem, fotografia e execução de outros serviços. Foi no salmo que entrei no "mistério" daquele momento e voltei minha atenção na totalidade para aquela Graça que aconteceu diante de mim.  Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por SUELY FAÇANHA (@s